Noite de homenagens na Marquês de Sapucaí no segundo dia de desfile

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Unidos da Tijuca e Portela despontam como favoritas

Evandro Lima 
Exclusivo para Amigos 
do Brasil em Baleares

A Mocidade Independente de Padre Miguel abriu a segunda noite de desfiles na Marquês de Sapucaí com o enredo “Pernambucópolis”. De autoria do carnavalesco Paulo Menezes, o enredo homenageia o estado de Pernambuco e o carnavalesco Fernando Pinto, figura lendária responsável pelos grandes desfiles da verde e branco da Vila Vintém. Com o intuito de revelar as riquezas culturais e tradições pernambucanas e relembrar os delírios de Fernando Pinto na Avenida como o inesquecível “Ziringuidum 2001” de 1985 e Tupinicópolis, de 1987, a Mocidade fez um desfile empolgante. Entre os destaques do desfile estão a volta da ex-modelo Monique Evans, primeira celebridade a desfilar como rainha de bateria numa escola de samba e a bem-humorada comissão de frente com bailarinos vestidos de Xuxa mencionando “Bye, Bye Brasil, beijim, beijim”, outro enredo inesquecível de Fernando Pinto, que morreu num acidente de automóvel em 1987.

Mocidade / Carlos Moraes / O Dia
As brincadeiras de criança e o universo infantil deram a tônica do desfile da União da Ilha do Governador, segunda escola a desfilar. Enredos que falam do cotidiano é uma marca registrada da escola insulana e “É brinquedo, é brincadeira; a Ilha vai levantar poeira”, do carnavalesco Alex de Souza permitiu que o grande público revivessem a infância inventiva, onde cada criança construía o seu próprio brinquedo e criava o seu universo de fantasia. A comissão de frente com bailarinas e soldadinhos de chumbo que voavam e um bebê gigante que engatinhava na Avenida foram bastante aplaudidos. Carros de alegóricos em forma de carruagem, os contos de Monteiro Lobato, as histórias de príncipes e princesas, as bonecas de pano e os brinquedos de barro que remetiam a uma infância que não existe mais foram lembrados através de alas criativas e multicoloridas.

Portela / Carlos Moraes / O Dia
“Retratos de um Brasil plural” foi o enredo defendido pela Unidos de Vila Isabel, a atual campeã do carnaval carioca. O desfile levou o grande público ao redescobrimento desta gigantesca pátria a partir do olhar de dois grandes brasileiros: o ecologista Chico Mendes, seringueiro que se tornou mártir na defesa da Amazônia e o folclorista Luís da Câmara Cascudo, um dos maiores pesquisadores de festas, folguedos, lendas e tradições que ajudaram a formar o perfil do povo brasileiro. Destaque para a rainha de bateria Sabrina Sato que veio fantasiada de onça a frente dos ritmistas da azul e branco.

Vila Isabel / Carlos Moraes / O Dia
Em ano de Copa do Mundo no Brasil, a Imperatriz Leopoldinense homenageou o ex-jogador Zico em seu desfile. Com o enredo “Arthur X – o reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz”, de autoria do carnavalesco Cahê Rodrigues contou a historia de um rei do País do Futebol que é recebido pela soberana de Ramos em plena Marquês de Sapucaí. No início do desfile, um grande portal convidava o grande público para conhecer o menino sonhador de Quintino que se torna ídolo de uma nação rubro-negra e depois conquista o mundo. Destaque para a quarta alegoria que trouxe o time completo do Flamengo de 1981, campeão Mundial no Japão. Homenageando à torcida do Flamengo, o sexto carro trouxe torcedores ilustres como as ex-jogadoras de vôlei Leila e Virna, os cantores Alexandre Pires e Bebeto, além do humorista Tom Cavalcanti. A alegoria tinha um urubu que voava a 10 metros de altura e abria as asas levou a plateia ao delírio.

Portela / Carlos Moraes / O Dia
Quinta escola a desfilar, a Portela trouxe para a Avenida “Um Rio de mar a mar: do Valongo à Glória de São Sebastião”, do carnavalesco Alexandre Louzada. O enredo conta histórias sobre as transformações da Zona Portuária a partir da chegada de escravos e a expansão da cidade do Rio de Janeiro . Luxuosa e empolgante, a azul e branco de Madureira e maior ganhadora do carnaval carioca fez um desfile impecável , foi muito aplaudida pelo público e vai brigar pelo título de campeã.

Quase vinte anos depois da morte do grande ídolo do automobilismo, as glórias e conquistas de Ayrton Senna foram lembradas pela Unidos da Tijuca, última escola a desfilar. “Acelera Tijuca”, do carnavalesco Paulo Barros transformou a Avenida num grande autódromo com direito à histórias sobre a velocidade e personagens velozes. Destaque para a comissão de frente, que pôs a réplica de um carro de Fórmula 1 na Avenida e uma alegoria coreografada com integrantes vestidos de Ayrton Senna e erguendo troféus e que jogavam champanhe na plateia.

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