Estudo da Cáritas. Aumento da pobreza e da desigualdade social

Pesquisa apresentada em 21/3 pela Cáritas, organização ligada à Igreja Católica, indica que a renda na Espanha se reduziu aos níveis de 2001. De acordo com dados apresentados pelo
relatório "Desigualdad y Derechos Sociales: Análisis y perspectivas 2013", a renda média anual de um cidadão espanhol ficou em torno de EUR 18.500 em 2012 (em 2008 era de EUR 19.421).

2. A redução do poder aquisitivo deveu-se ao efeito combinado, desde 2007, da queda dos salários (-4%) e do incremento nos preços (+10%). Como resultado, houve aumento
da desigualdade social, que pode ser visto na variação do Índice Gini, que, segundo a Eurostat, passou de 0,311 para 0,340 entre 2006 e 2011.

3. Segundo o estudo da Cáritas, 26,8% da população espanhola encontra-se em situação de pobreza ou de exclusão social. O patamar de pobreza relativa na Espanha em 2012 correspondeu a uma renda nominal anual inferior a EUR 7,3 mil (em 2007 era de EUR 8 mil).

4. Esse índice, fixado pelo Eurostat, acompanhou a queda de renda geral, uma vez que corresponde a 60% da media da renda nacional. Observa-se que, em 2011, o percentual da população nessa condição era de 21,8% (contra 19,6% em 2008). O número de pessoas em situação de extrema pobreza também aumentou, atingindo a proporção de 3,9% em 2011 (contra 2,5% em 2008). Estima-se que atualmente cerca de três milhões de pessoas vivam com uma renda inferior a 30% da renda median! a – menos de EUR 3.650 anuais. A pesquisa revelou, ainda, que 44,5% dos lares não tem renda suficiente para fazer frente a gastos imprevistos (contra 30% em 2007).

5. Os dados apontam que, desde 2007, a diferença entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres na Espanha aumentou 30%. Este quadro se torna mais grave na medida em que a política de ajuste fiscal adotada pelo governo leva a uma diminuição da oferta de serviços sociais, deixando muitas pessoas em situação de desamparo.

6. Ainda de acordo com o estudo, a Cáritas acolheu e prestou assistência, apenas em 2011, a 1.015.000 pessoas, cifra 248% superior ao número de atendidos em 2006, quando o número era de 408.000. A organização denomina os últimos anos como "década perdida".

7. A divulgação de estudos que comprovam o empobrecimento da população espanhola e o aumento da desigualdade confirma as previsões de que a manutenção do quadro atual pode ameaçar os ganhos sociais obtidos pelo país ao longo das últimas décadas.

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